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23/10/2020 09:08 | NOTÍCIAS

Como deve ser a prevenção e o tratamento do câncer de mama em idosos

O mês de outubro é marcado pela campanha Outubro Rosa que visa conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Um dos pontos que devem ser destacados é a necessidade de uma maior atenção no que diz respeito à prevenção e sobre o diferencial no tratamento do câncer de mama em pessoas idosas.

Segundo o oncogeriatra da clínica Oncomédica, dr. Ricardo Quirino, a idade avançada é considerada um fator de risco para o desenvolvimento do câncer, mas ele destaca que o estilo de vida também é determinante.

“A doença oncológica é caracterizada por mutações e alterações no DNA das células que vão acontecendo ao longo dos anos. Isso é um dos motivos que explica porque os idosos são mais suscetíveis a desenvolver a doença. Outro fator de risco é o estilo de vida da população, porque como os idosos são mais sensíveis aos estresses fisiológicos, os hábitos nocivos tendem a causar mais danos nas células, podendo assim contribuir para o surgimento de um câncer”, explicou o médico.

Práticas de vida saudável

Pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) aponta que aproximadamente 60% dos cânceres acometem pessoas com 60 anos ou mais. Por isso é importante que pessoas de mais idade mantenham um estilo de vida saudável.

“Daí a importância de se manter um estilo de vida mais saudável com a realização de exercícios físicos frequentes e regulares, sendo esse hábito um dos pilares para prevenir o surgimento de cânceres, dentre esses o câncer de mama. É importante também que se evite hábitos como fumar e consumir bebidas alcoólicas em excesso. A saúde mental é outro ponto fundamental na prevenção do câncer, não se deixar ocupar com estresses desnecessários pode ser uma ótima estratégia”, destacou o especialista.
 
Tratamento

O tratamento da doença em pessoas idosas requer cuidados especiais e a realização de uma avaliação clínica mais detalhada, como esclareceu Ricardo Quirino.
 
“Após o paciente ser diagnosticado, é necessário uma avaliação para definir como é a funcionalidade daquele idoso e quão autônomo ele é, ou seja, se ele capaz de fazer atividades como tomar banho sozinho ou resolver os problemas pessoais sem ajuda. Tratar câncer em um paciente idoso requer um levantamento estruturado da vida do paciente. Além disso, avaliamos a existência de doenças crônicas que possam impactar direta ou indiretamente no tratamento. Por isso, é fundamental a parceria da geriatria e da oncologia para realização de uma avaliação mais integral, possibilitando uma melhor decisão sobre o tratamento a ser adotado”, explicou o dr. Ricardo Quirino.

A importância da família

O médico reforçou ainda o papel da família no tratamento da doença. “O apoio familiar é um ponto fundamental no tratamento e na qualidade de vida do idoso que tem um diagnóstico de câncer. Percebemos que a pessoa idosa que possui o apoio da família tem maior adesão ao tratamento e enfrenta melhor a doença. É preciso entender que apesar do idoso ser mais suscetível ao câncer, com uma avaliação e suporte adequados, ele tende a responder melhor. É por entender as particularidades do idoso com câncer, que nós individualizamos o tratamento para esse público, com o objetivo de alcançarmos a melhor resposta possível", concluiu o especialista.

Ascom
Edição: C.S. 

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